O conceito de modularidade tem surgido em grande filosofia da psicologia desde o início da década de 1980, após a publicação do livro de referência de Fodor The Modularity of Mind (1983). Nas décadas desde o termo “módulo” e os seus cognatos entraram pela primeira vez no léxico da ciência cognitiva, a paisagem conceptual e teórica nesta área mudou drasticamente. Especialmente notável a este respeito tem sido o desenvolvimento da psicologia evolutiva, cujos proponentes adotam uma conceção de modularidade menos rigorosa do que a avançada por Fodor, e que argumentam que a arquitetura da mente é mais abrangentemente modular do que Fodor afirmou. Onde Fodor (1983, 2000) traça a linha de modularidade nos sistemas de nível relativamente baixo subjacentes à perceção e linguagem, teóricos pós-fodorianos como Sperber (2002) e Carruthers (2006) defendem que a mente é modular através e através, até e incluindo os sistemas de alto nível responsáveis pelo raciocínio, planeamento, tomada de decisões, e similares. O conceito de modularidade também tem figurado em debates recentes em filosofia da ciência, epistemologia, ética e filosofia da linguagem – mais uma evidência da sua utilidade como ferramenta para teorizar sobre arquitetura mental.