Mary Wollstonecraft (1759 – 1797) foi uma filósofa moral e política cuja análise da condição das mulheres na sociedade moderna mantém grande parte do seu radicalismo original. Uma das razões pelas quais as suas declarações sobre o assunto continuam a ser desafiantes é que as suas reflexões sobre o estatuto do sexo feminino faziam parte de uma tentativa de chegar a uma compreensão abrangente das relações humanas dentro de uma civilização cada vez mais governada pelo acervo e pelo consumo. A sua primeira publicação foi sobre a educação das filhas; passou a escrever sobre política, história e vários aspetos da filosofia em vários géneros diferentes que incluíam críticas, traduções, panfletos e romances. Mais conhecida pela sua Vindicação dos Direitos da Mulher (1792), a sua influência foi além da contribuição substancial para o feminismo pela qual é maioritariamente lembrada e estendida para moldar a arte da escrita de viagens como género literário e, através do seu relato da sua viagem pela Escandinávia, teve um impacto no movimento romântico.