“Era para ser um livro panfletário, mas O Abolicionismo tem o peso de um documento de condenação moral e ética da escravidão. ” O nosso caráter, o nosso temperamento, a nossa organização toda, física, intelectual e moral, acha-se terrivelmente afetada pelas influências com que a escravidão passou trezentos anos a permear a sociedade brasileira”, escreve Nabuco
O modo como Nabuco apoiou a questão social de seu tempo e engajou-se na campanha abolicionista projetou-o à frente de seus pares. Compreender o momento histórico da abolição é de fundamental importância para entender o término da Monarquia e o advento da República. Conhecer sua vida, sua obra e a sociedade escravocrata de sua época nos permite entender muitos comportamentos sociais de nossos dias.
Os abolicionistas se opunham ao regime escravista e eram indivíduos oriundos de diversas classes sociais. Abarcavam desde religiosos, republicanos, elite política, intelectuais brancos, alforriados, dentre outros. As mulheres também tiveram um grande papel nesta luta.
Um dos mais destacados abolicionistas foi o diplomata e historiador Joaquim Nabuco (1849-1910), fundador da “Academia Brasileira de Letras” e articulador dos ideais antiescravistas.
Assim, Nabuco foi o principal representante parlamentar dos abolicionistas durante uma década (1878 a 1888) quando lutou pelo fim da escravidão.