Os argumentos ontológicos são argumentos, para a conclusão de que Deus existe, a partir de premissas que supostamente derivam de outra fonte que não a observação do mundo – por exemplo, apenas da razão. Por outras palavras, os argumentos ontológicos são argumentos do que são tipicamente acusados de serem nada além de analíticos, a priori e premissas necessárias para a conclusão de que Deus existe.O primeiro, e mais conhecido argumento ontológico, foi proposto por Santo Anselmo da Cantuária no século XI. Na sua Proslogion,São Anselmo afirma derivar a existência de Deus do conceito de um ser do que o qual não se pode conceber maiores. São Anselmo argumentou que, se tal ser não existe, então um ser maior – nomeadamente, um ser do que o qual não pode ser concebido, e que existe- pode ser concebido. Mas isto seria absurdo: nada pode ser maior do que um ser do que o qual não se pode conceber maiores. Assim, um ser do que o qual não pode ser concebido maior – isto é, Deus – existe.No século XVII, René Descartes defendeu uma família de argumentos semelhantes. Por exemplo, na Quinta Meditação,Descartes afirma fornecer uma prova demonstrando a existência de Deus a partir da ideia de um ser supremamente perfeito. Descartes argumenta que não há menos contradição na conceção de um ser supremamente perfeito que não existe do que na conceção de um triângulo cujos ângulos interiores não se resumem a 180 graus. Por isso, ele supõe, uma vez que concebemos um ser supremamente perfeito – temos a ideia de um ser supremamente perfeito – temos de concluir que existe um ser supremamente perfeito.