Estamos caminhando para a terceira década do século XXI, com mais interrogações do que certezas, em função de não sabermos como será a convivência em todos os sentidos, entre as gerações Off-Line e a geração On-Line. A geração Off-Line carrega consigo uma herança estruturante, iniciada com a Revolução Industrial, que foi moldada desde o absolutismo , passando pelo marcante positivismo, e se solidificando com o Iluminismo. Um vulcão em erupção constante é como definimos o século XX. A mentalidade bélica difundida na Primeira Guerra Mundial induziu a juventude alistar-se. Ela tinha na guerra a chance pitoresca de uma vida sem aborrecimentos e tendo a oportunidade do heroísmo individual , o que na verdade acabou não ocorrendo, já que a morte os aguardavam. Ao longo da história podemos constatar a resistência em aceitar de forma pacífica, o que a burguesia e os governantes lhes ofereciam. Os jovens, apesar de demonstrarem que não estavam ligados diretamente à estrutura da sociedade, já que tinham diante de si uma vida massacrante e sem sentido, onde reinava a lógica hipócrita da moral burguesa, mesmo assim, tiveram participações relevantes em vários momentos do século XX. Foram impactados pela Revolução Russa, lutaram contra o Capitalismo. enfrentaram o nazismo e os fascismo, exigiram o impossível em maio de 1968 na França, onde simplesmente abalaram as estruturas francesas. Os filhos Baby Boomers – nascidos após a Segunda Grande Guerra Mundial – denominados de Geração X , decretaram o início do fim da tribo universal Off-Line. Nos anos de 1980 e 1990 surgem os Millennials, ou simplesmente a Geração Y. A partir de 1990 em diante, surgem os iGenerations ou simplesmente a Geração Z, bem como, a Geração Alpha. Todas tem em comum a ausência de ligação orgânica com o passado público da Era em que vivem, e por formarem uma nova tribo universal, só que agora configura-se como uma tribo nativa digital On-Line, que vem causando uma ruptura profunda nas estruturas das sociedades, estas, vinham sendo moldadas a praticamente três séculos. A presente obra, pelo olhar de um observador participante da Era em que vive, e sem as massacrantes notas de rodapé, que na verdade tiram a concentração do leitor, e sem a intenção de revisar criticamente cada fase do passado público e procurando demonstrar que elas colaboraram para a formação de um perfil, tem por finalidade levantar questões para debates sobre o caminho da humanidade frente a um novo elemento desestabilizador. Resgata memórias de fatos, que tornaram a Geração Off-Line dominantes até os anos de 1980, bem como, traça o perfil da Geração Off-Line mostrando as tendências no que tange à mobilidade e relacionamento da nova tribo universal nativa digital. Cabe destacar que este autor tratou como Geração Off-Line, o acumulo de heranças vindas desde o período pré-industrial, até o surgimento da Geração X, pois foi justamente este extenso período da história da humanidade que formou o passado público, determinando assim o perfil do comportamento da sociedade, portanto, para a Geração On-Line, pouco importa o passado público da Era em que vivem. As Redes Sociais estão levando a um colapso o modelo vigente de democracia liberal e capitalista, pois, mais pessoas querem participar das decisões sobre suas vidas, mas, do outro lado, ainda persiste uma resistência enorme, logo, sabe-se que o simples adaptar não funciona, logo, as mudanças deverão ser profundas e reestruturantes.