A Psicologia trata de fatos psicológicos ou fatos relacionados com o psiquismo humano, a parapsicologia trata de FENÔMENOS. FENÔMENO é um fato extraordinário, que por esta razão tem uma auréola de prodigio e maravilhoso. E como as suas causas verdadeiras permanecem desconhecidas apresenta-se também, como “misterioso”, tal tipo de fatos ou fenômenos existiram sempre, desde o início da humanidade até os nossos dias e existirão, provavelmente, enquanto existam os homens, pois todo fato, cuja verdadeira causa é desconhecida, torna-se misterioso e, consequentemente, aparece como maravilhoso e prodigioso.Quando a causa se torna conhecida, o mistério desaparece e com ele essas qualidades de maravilha e grandiosidade; tais fenômenos maravilhosos e prodigiosos constituem o campo da Parapsicologia. Para o homem primitivo da floresta, pescador e caçador quase nômade, em luta permanente com os elementos naturais, para o homem cavernário fugindo sempre amendrontado do rigor das intempéries e dos ferozes animais famintos de carne humana; para esse homem que começava a ter consciência, tanto das realidades objetivas como de sua própria realidade objetiva, que pelo seu conhecimento superior começava a elevar-se por cima de seus parentes, os homídeos e hominóides, conscientizando a cada dia maiores áreas dessas realidades objetivas e subjetivas de que antes não tivera conhecimento e cujas causas íntimas ainda desconhecida; todo o mundo externo que observava devia-lhe parecer enormemente maravilhoso, prodigioso, misterioso e Fantástico.Em especial, aqueles fatos ou fenômenos, cujas causas não podia conhecer e descobrir, deviam produzir-lhe uma admiração e inquietação extraordinárias. O raio e o trovão, as grandes tempestades, os terremotos; o vulcão e o fogo; o nascer e o pôr-do-sol de cada dia, a lua alternante e as inúmeras estrelas do firmamento; a chuva, a fertilidade multiforme de toda a criação, a fecundidade e a esterilidade animal e humana; a saúde e a doença, a vida e a morte, etc… deviam apresentar-se a seus olhos de homem primitivo, como fenômenos extremamente maravilhosos, misteriosos e intimidantes, posto que essas qualidades ainda hoje lhe vão anexas. Via seus efeitos que lhe maravilhavam, mas ao desconhecer suas causas ficava, por isso, intrigado e amedrontado. Percebia, assim, isto é, tomava consciência de que grande parte da “Realidade” que observava em roda de si (em volta de), era uma REALIDADE FANTÁSTICA.