O ano de 2020 colocou muitas famílias à prova. De repente, tiveram que ficar confinadas em casa, convivendo 24 horas por dia. Para muitas dessas famílias, em especial para os pais, foi realmente desafiador. E acabou gerando estresse e tirando muita gente do prumo. Mas será mesmo que “viver com” precisa ser tão difícil e doloroso? Neste livro, a autora mostra como a utilização do Coaching informal no dia a dia, por pais e cuidadores, pode contribuir para criar o ambiente e as condições favoráveis que tornem a família um espaço de aprendizagem e transformação, onde as crianças possam desenvolver sua humanidade, sua essência e suas potencialidades, numa trajetória de evolução contínua. O capítulo 1 traz o conceito e os princípios da abordagem Coaching, estabelecendo a diferença entre Coaching formal e informal e apresentando os benefícios do Coaching informal na educação dos filhos, além de mostrar em linhas gerais os quatro passos de que trata o livro. O capítulo 2 (1º passo) fala do caminho para ajudar a criança a estabelecer conexão consigo mesma através da autoescuta e aborda a arte de fazer perguntas como base do diálogo coaching para a criação de filhos conscientes de si mesmos, do seu ambiente e das próprias decisões. O capítulo 3 (2º passo) focaliza a arte da convivência e a construção de regras significativas, baseadas nos valores da família, traçando o caminho para o estabelecimento da conexão com o outro e a descoberta de quão prazeroso e enriquecedor pode ser “viver com”, ainda que complexo e desafiador. No capítulo 4 (3ºpasso), são apresentadas as condições que favorecem o desenvolvimento pleno e integral (físico, mental, social, emocional, espiritual) da criança a partir do reconhecimento e utilização consciente e intencional de seus próprios recursos. O capítulo 5 (4º passo) aborda os elementos necessários para a solução de conflitos – pessoais e interpessoais –, considerando os meios que podem ser utilizados por pais e cuidadores para estimular a criança a pensar uma situação problema de diversas perspectivas; tomar decisões conscientes e refletidas; e construir estratégias para a solução de problemas, utilizando os recursos disponíveis. E no capítulo 6 é apresentada a profunda relação entre o processo de Coaching informal e os pilares da educação, propostos pela Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, em seu Relatório para a UNESCO. E como a família pode – e deve! – ser o primeiro e mais importante espaço para a construção desses pilares.