Levou um certo tempo para que o que havia em mim pudesse vir ao papel. Aguardava uma permissão. Aguardava que tudo estivesse perfeito como manda o figurino. Até que percebi que nesta vida não haveria prova final da disciplina obrigatória chamada relacionamentos. Uma vez liberada do “ideal”, eu me permito viver e experimentar, ser como tem que ser, sentir o caminho e suas curvas, seus altos e baixos, seus vales e montanhas, e não esperar pelo “final feliz”.Abri os olhos. E me recordei que é na imperfeição que há espaço para expandir, que é a incompletude que abre espaço para a troca, e que em vida, o estar pronta é um constante paradoxo: pronta para o AGORA e sempre com partes a completar.Eis aqui o livro do amor. O livro lembrete. O livro da parte que nunca morre.