Essa foi a pergunta que me fiz há alguns anos, depois de várioscurrículos distribuídos, faculdade, mestrado na USP e inglês fluente.Mesmo assim, não conquistava uma oportunidade que me trouxessesatisfação profissional, financeira e pessoal. Sim, sempre fui contrasepararmos a vida pessoal da profissional, até porque, quando euestava desempregada, o meu pessoal ficava abaladíssimo. E quandoeu estava empregada e trabalhando com algo que me fizesse sentido(mesmo que o financeiro não fosse 100% satisfatório) minha vidapessoal ficava mais equilibrada. Nessa busca incessante, descobritambém que, mesmo depois de estar trabalhando com o meupropósito, com a vida pessoal e profissional equilibradas, descobrique a área financeira também tinha seu valor, literalmente. Bom,foram anos para descobrir o porquê, mesmo depois de meus paisinvestirem tanto na minha educação e desenvolvimento, eu nãoconseguia o tão almejado emprego . Quando criança fiz ballet,natação, estudei em escola particular, e no ano 2001, tínhamoscomputador em casa com internet (sou da época do ICQ e MSN,quem lembra?). Fiz cursinho de inglês, cursinho pré-vestibular,faculdade federal, morei um ano na Nova Zelândia para aprimorar oinglês, fiz mestrado na USP e sonhava em trabalhar em umamultinacional em São Paulo mas… nada ☹. Com todo esseinvestimento e infraestrutura na qual fui criada, me perguntava: “Oproblema só pode estar em mim?!’” e quando me comparava commeu irmão, na época, mais bem sucedido e resolvido do que eu e quefoi criado na mesma casa, com os mesmos pais, eu acabava por tercerteza: sim, o problema está em mim. Em 2014, sem muita opção,voltei para minha cidade natal e comecei a dar aulas e como erampoucas aulas por semana, ganhava R$700,00. Comecei então avender Mary Kay e estudar vendas já que, sobrava tempo e faltavadinheiro. Enfim, a caminhada foi longa, mas consegui e descobri! E depois de tantos aprendizados, senti em compartilhar com você.