As obras musicais clássicas do Ocidente são criações plenas de beleza e de sentido, sendo, por isso mesmo, demandadoras de um ato de fruição que as perceba não apenas dentro de sua especificidade musical, mas que também as atinja em suas vastas potencialidades no campo da metafísica. Para tanto, o processo meditativo musical apresentado nesta obra foi estruturado em fases, concentrando-se, antes de tudo, na qualidade e na profundidade do ato de escuta. Através dele, será possível trabalhar-se eficazmente com as duas dimensões básicas da escuta musical, que são mediadas por dois aparatos fisiológicos distintos: o ouvido externo e o ouvido interno. Grande importância é dada neste método à memória musical, pois ela possui particularidades e potencialidades que apenas recentemente começaram a ser exploradas pela ciência. A partir do aprimoramento das bases fisiológicas da audição e da memória, o método fomenta os meios para a estruturação de uma vida musical interior.