Durante trezentos e sessenta e cinco dias do ano, Ronaldo Sérgio era um policial militar cumpridor do seu dever. Como sargento da gloriosa Tropa de Choque da PM, era responsável pelo serviço de uma guarnição em sua cidade. Era do tipo linha dura contra malfeitores. Respeitava pouco os códigos de ética. Para apaziguar uma manifestação, não media esforços. Às vezes, descia a bordoada e o cassetete. Mas o militar casca-grossa tinha uma fraqueza que tentava esconder dos colegas: durante o carnaval se transformava num fiel vassalo do rei Momo.