Anália se deu conta de seus desertos aos 6 anos de idade, quando saiu do Mato Grosso, tirada do seio familiar e foi morar em Brasília, com sua “Má-drinha” que tinha cinco filhos, todos, homens. Além de uma infância escrava e uma adolescência atribulada, enfrentou um casamento opressivo regado ao machismo, ao ciúme e ao descaso. Em Atravessando Desertos, a autora faz uma analogia entre as dificuldades enfrentadas para atravessar um deserto e as intempéries e adversidades da vida. Convida os leitores a identificarem quais são seus desertos, suas fomes, suas sedes e seus oásis. Nos mostra que, é atravessando nossos desertos que encontramos a nós mesmos.