Na verdade, o que estamos vendo hoje, na maioria das Igrejas, é o crescimento do número de pessoas, que: 1) Buscam uma Igreja que se adequa ao seu estilo de vida; 2) Buscam soluções rápidas para os seus problemas, acreditando que a Igreja é um grande micro-ondas, que será programado e, em seguida, após alguns minutos, a solução do seu problema sai como uma pipoca ou um macarrão instantâneo; 3) Buscam a Igreja exatamente como buscam uma loja de departamentos, e acreditam que Deus está atrás de um balcão, pronto para servi-las.Por outro lado, observamos também um empenho gigantesco de grandes Instituições Religiosas, Neopentecostais, na busca por arrecadações de dízimos e ofertas, através de campanhas e desafios. Juntamente com isso, empenham-se também na tarefa de conquistar novos Fiéis.Nesse ponto, a pregação do Genuíno Evangelho de Cristo, a cruz, a vida cristã e a vida eterna, são totalmente ignoradas. Priorizam a pregação da Teologia da Prosperidade em detrimento da pregação contra o pecado.É nesse momento, quando as Campanhas ou Desafios não apresentam os resultados prometidos e o Fiel não consegue alcançar o que veio buscar, que muitos desses Fiéis buscam socorro no Poder Judiciário, para então obter, senão os benefícios prometidos pela Instituição Religiosa, no mínimo, algo que possa reparar os danos causados por essa resposta negativa, por parte da Instituição. Nesse momento, Deus deixa de ser suficiente para o ser humano. Sua justiça já não é tão eficaz. E a justiça dos homens parece estar acima da de Deus. Inicia-se então, o fenômeno da Judicialização da Fé.