A história e o destino de um povo depende suas comunicações. A percepção do papel fundamental das geocomunicações. Suas infraestruturas, redes, tecnologias que permitem o fluxo das comunicações. No século 21, as comunicações são influenciadas pela geopolítica global, em particular a disputa pela liderança global entre Estados Unidos e China. As comunicações estão a serviço do comércio global. O Brasil encontra-se defronte deste pêndulo geopolítico entre as duas potências globais. O Brasil precisa entender sua posição geoestratégica no jogo geopolítico dos líderes globais. O País para crescer necessita compreender a dinâmica de forças e jogar o grande xadrez da geopolítica mundial, enfrentando desafios, correndo riscos e aproveitando as oportunidades da economia global. Neste sentido, realpolitik é o termo que designa os fatores reais de poder. Um País é definido pela moldura estabelecida pelas forças dinâmicas: nacionais e/ou internacionais. Neste contexto, a análise da geopolítica é fator fundamental para a compreensão do jogo de força entre os países líderes globais. Assim, para se compreender um país e sua dinâmica de forças é necessário a percepção da realpolitik, algo para além da compreensão constitucional. Na disputa pela liderança global entre Estados Unidos e China há um verdadeiro cabo de guerra (tug of war), um jogo de forças, de um lado, para outro. Por outro lado, no caso do Brasil, a Constituição é um ponto de apoio fundamental para a organização do Estado. Porém, existem fatores reais de poder que comprometem a própria efetividade constitucional. Há ações encobertas (covert action) conduzidas por governo e/ou agentes estrangeiros. Existem operações psicológicas e de publicidade perante a opinião pública. Além disto, atualmente há ainda ações dentro de redes sociais e aplicações de internet. O tema da tecnologia de 5G, aplicada às redes de comunicações, é fascinante, pois envolve considerações de ordem geopolítica e geoconômica e geotecnologia. O assunto está entrelaçado com a internet e as infraestruturas de acesso, transporte e armazenamento de dados. Também, há questões de vigilância em massa, coleta de sinais de inteligência e espionagem industrial. A tecnologia de 5G definirá o futuro da economia digital. Nesse contexto, os dispositivos de IoT. O controlador da rede digital tem o comando das infraestruturas de rede da economia digital. Vide, por exemplo, o domínio pelas Big Techs, Google, Microsoft, Amazon, Facebook, Twitter, da economia norte-americana. Além disto, estas Big Techs tem influência política, à medida que são utilizadas nas eleições. Há, ainda, impacto na geodemocracia e no geodireito (geolaw). Há, por evidente, com as tecnologias de vigilância online os riscos de invasão à privacidade, mediante as técnicas de geolocalização...Por isso é fundamental inteligência e geoestratégia para os desafios do Brasil, riscos e aproveitamento de oportunidades. A construção do futuro do Brasil depende das ações realizadas no presente. As gerações futuras dependem do hoje.Estados Unidos e China disputam a liderança global. Em destaque, o tema da geopolítica e o 5G. Os Estados Unidos reviu sua geoestratégica quanto ao 5G. De um regime globalista passou a adotar um regime tecnonacionalista, com restrições à liberdade de comércio e à competividade internacional. Curiosamente, os Estados Unidos não possuem nenhuma empresa líder global. Os principais concorrentes da Huawei são a Ericsson e a Nokia. Neste contexto, encontra-se o tema da tecnologia de 5G, futura rede de telecomunicações móveis e fixas. Com efeito, a infraestrutura de rede de telecomunicações baseada em 5G é mais eficiente do que as tecnologias anteriores. A tecnologia compreende as redes de acesso às redes (smartphones, torres e antenas), redes de gestão dos dados (controles de identificação, pagamentos, armazenamento em data centers, etc), bem como as redes de transporte de dados (backhauls, backbones e roteadores)...Leia mais