São João Paulo II, então Karol Wojtyla, estruturou seu pensamento filosófico e antropológico, com enfoque na pessoa, a qual, para ele, se revela na ação. A sua Filosofia Personalista apresenta contornos muito particulares, ao reunir as contribuições do personalismo de Max Scheler e Emmanuel Mounier, e as percepções advindas de Tomás de Aquino, Aristóteles e da Fenomenologia. Nesta obra, Maria Alinne mergulha na história e na Filosofia Personalista de Karol Wojtyla, examina a dimensão ética e axiológica do itinerário filosófico wojtyliano, presente no livro “Pessoa e Ação”, e analisa os argumentos que o levaram a eleger a consciência humana como elemento indispensável na constituição da pessoa, e o meio pelo qual o homem entra em contato com a realidade de forma objetiva e a interioriza, subjetivamente, no seu “eu” pessoal. Em uma linguagem clara e acessível, a autora oferece ao leitor uma reflexão sobre o papel crucial da consciência humana na condução da pessoa rumo à realização de si, tanto como ser individual, quanto como participante da comunidade na qual está inserida, e sobre a consciência como o espaço em que o homem experimenta a verdade e os valores morais que guiarão sua ação no mundo e o revelarão como pessoa humana.