“O que é que Atenas tem a ver com Jerusalém?” (246) Esta questão da relação entre a razão – aqui representada por Atenas – e a fé – representada por Jerusalém – foi colocada pelo padre da igreja Tertullian (c.160-230 CE), e continua a ser uma preocupação central entre os filósofos contemporâneos da religião.“Fideísmo” é o nome dado a essa escola de pensamento — a que o próprio Tertuliano é frequentemente dito ter subscrito — o que responde que a fé é, de certa forma, independente da razão, se não totalmente adversa. Em contraste com a tradição mais racionalista da teologia natural, com os seus argumentos para a existência de Deus, o Fideísmo mantém-se — ou, pelo menos, parece manter-se (mais sobre esta ressalva em breve)— essa razão é desnecessária e inadequada para o exercício e justificação da crença religiosa. O termo em si deriva da fé,a palavra latina para a fé,e pode ser tornado literalmente como fé- ismo. O “Fideísmo” deve ser assim entendido não como um sinónimo de “crença religiosa”, mas como denotando um relato filosófico particular da jurisdição apropriada da fé em relação à razão.