Esta entrada diz respeito ao dualismo na filosofia da mente. O termo “dualismo” tem uma variedade de usos na história do pensamento. Em geral, a ideia é que, para algum domínio específico, existam dois tipos ou categorias fundamentais de coisas ou princípios. Na teologia, por exemplo, um ‘dualist’ é alguém que acredita que o Bem e o Mal – ou Deus e o Diabo – são forças independentes e mais ou menos iguais no mundo. O dualismo contrasta com o monárquismo, que é a teoria de que existe apenas um tipo fundamental, categoria de coisa ou princípio; e, muito menos comummente, com o pluralismo, que é a opinião de que há muitos tipos ou categorias. Na filosofia da mente, o dualismo é a teoria de que o mental e o físico – ou mente, corpo ou mente e cérebro – são, de certa forma, formas radicalmente diferentes de coisas. Porque o senso comum nos diz que existem corpos físicos, e porque existe pressão intelectual para produzir uma visão unificada do mundo, poder-se-ia dizer que o monismo materialista é a “opção padrão”. A discussão sobre o dualismo tende, portanto, a partir da assunção da realidade do mundo físico, e depois a considerar argumentos para que a mente não possa ser tratada simplesmente como parte desse mundo.