O envolvimento de Dante com a filosofia não pode ser estudado separadamente de sua vocação como escritor, na qual ele buscou elevar o nível do discurso público educando seus compatriotas e inspirando-os a buscar a felicidade na vida contemplativa. Ele foi um dos leigos italianos mais eruditos de sua época, intimamente familiarizado com a lógica aristotélica e a filosofia natural, teologia e literatura clássica. Ele é, claro, o mais famoso por ter escrito a Divina Comédia, mas em sua poesia, bem como em seus tratados filosóficos e outros escritos, ele mistura e sintetiza livremente a linguagem filosófica e teológica, bem como extensas referências e alusões às escrituras e à poesia clássica e contemporânea. Embora suas contribuições para a literatura mundial e outros gêneros artísticos sejam universalmente reconhecidas, sua imaginação teológica também permaneceu influente de sua própria época até os dias atuais. Seu legado filosófico, em comparação, permanece mais difícil de avaliar, embora seus escritos forneçam, no mínimo, uma ferramenta poderosa para o estudo da paisagem da filosofia medieval tardia e da Renascença.