O livro apresenta acontecimentos na história da Ribeira do Apodi, habitada inicialmente pelos índios paiacus e janduís, que foram aldeados na Missão do Apodi, comandada por jesuítas. A conquista e ocupação das terras pelos sesmeiros, os conflitos, a criação da Vila de Portalegre, em 1761, tudo está contado aqui, através de uma ótica interessante.O Senado da Câmara da Vila de Portalegre, que administrava toda a região, é estudado através de suas atas, por um período de um quarto de século, a partir de 1771, onde acontecem duas secas extremamente rigorosas. O Cartório de Notas contem registros importantes como compra e venda de terras e outros curiosos, tais como a alforria de uma escrava, que o senhor justifica pelo grande amor que lhe tem, mas impõe uma condição singular. Depois, o contrato de casamento que um senhor importante fez com sua mulher, justificando como esmola, sem lhe comunicar os bens, são alguns registros peculiares.A presença de moradores do Apodi na Revolução de 1817, na qual alguns tiveram participação significativa, muitos foram presos e enviados a Pernambuco e Bahia, e dois vieram a morrer no cárcere, tudo está aqui descrito.A história de um Oficial de Ordenanças que foi preso por cinco anos, por arranjo entre pessoas inescrupulosas e um Provedor da Fazenda Real, é tema de um capítulo inteiro.Uma viagem interessante ao Período Colonial, no Sertão do Nordeste.