O Brasil é o maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor. Joga fora a cada colheita milhões de toneladas de “resíduos” de polpa e casca da fruta madura do café, provenientes do moderno método de descascamento antes da secagem nos terreiros.Este resíduo está sendo aproveitado nos Estados Unidos para a fabricação da super farinha para consumo humano, uma farinha vitaminada que contém mais potássio por grama do que uma banana; mais proteína por grama do que couve fresca, mais ferro por grama do que o espinafre fresco; mais antioxidante do que a romã; mais fibra do que a farinha de trigo integral; e menos gordura e mais fibras por grama do que a farinha de coco.Os americanos são os únicos no mundo a se deliciar com esta maravilhosa farinha na produção de pães, bolos, doces, iguarias de excelente sabor e ótimas para a saúde humana. Este produto está no mercado americano desde 2014 e agora pode chegar ao Brasil pelo empenho e criatividade de um cafeicultor do sul de Minas Gerais e um pesquisador da Embrapa Café/Epamig – Empresa de Pesquisas Agropecuárias de Minas Gerais.“COMER CAFÉ – Como Bill Gates, um padeiro com Ph.D. e um CEO da Starbucks criaram a vitaminada farinha da casca da fruta de café cereja. Minas já come deste bolo” é um livro/reportagem atualíssimo do cafeicultor e jornalista Eustaquio Augusto dos Santos que obteve a informação sobre a farinha através da leitura de um prosaico livro sobre a mente humana.Durante dois anos ele entrevistou engenheiros agrônomos e de alimentos, pesquisadores na área de café, cafeicultores, empresários em todas as instâncias da indústria cafeeira, autoridades, políticos, investidores. Nenhum deles nunca tinha sequer ouvido falar da farinha do aproveitamento do resíduo de polpa e casca de café cereja.Provocados pelo jornalista/cafeicultor, pesquisadores mineiros da Epamig e Universidade Federal de Viçosa inventaram um método simples e ao alcance dos 3.000 produtores de café do Brasil, que poderão melhorar a qualidade de seus grãos de café e produzir a preciosa farinha para consumo próprio e venda no atacado ou varejo.Como o processo exige uso intensivo de água, obteve-se também um extrato líquido com as mesmas qualidades nutritivas da farinha e que pode ser utilizado pelas indústrias de bebidas, farmacêuticas e de cosméticos.O e-book “COMER CAFÉ” mostra que esse resíduo amontoado nas fazendas brasileiras, e de resto do mundo todo, é enorme passivo ambiental com a poluição do solo, das águas e do ar, com inclusive e emissão de gás metano.