Parto do princípio psicanalítico que afirma o Indivíduo não existir. Somos divíduos, montes de cacos misturados com tudo que há, sociedade e natureza. A Pessoa é uma multiplicidade de formações, que transam com formações e produzem outras formações e conhecimentos. O Eu é resultante da pluralidade de transas disponíveis e suas com-siderações.Remeto ao conceito de Homo zapiens, que é aquiagora, que navega incessante por produções com competências múltiplas, que capturem seus interesses, sem pregação ideológica, questionando e revirando a si mesmas. As fronteiras estão borradas, as formações dominantes estão detonadas. O movimento progressivo, sem volta, sacudiu todos os dogmas, esfacelou e reagrupou as funções informativas. Somos fragmentos, camadas, simultaneidade, tribos e nossas decisões são ad hoc. Tudo é Art, Artifício, Articulação de coisas com coisas. Esse trabalho, seu conceito e o texto de apresentação acima foram produzidos sob o impacto da leitura do livro “Razão de um Percurso”, dos psicanalistas MD Magno e Nelma Medeiros (Ed. Novamente, 2015).