Tendo como pano de fundo a cidade de São Paulo e bairros como as Vilas Leopoldina, Madalena e Olímpia, o detetive Barleta é apanhado em meio a um quebra-cabeça formado pelo desaparecimento de uma moça, casada com um empreiteiro; por uma ex-namorada policial que intenciona matar seu padrasto; e por uma situação insólita: todos os seus bens simplesmente desaparecem.
Barleta, paulistano, filho de um feirante nordestino com uma conhecida prostituta portuguesa, foi criado pelo pai, tendo o CEAGESP como seu playground. Cresceu carregando caixas, ouvindo rock e sendo o justiceiro protetor dos comerciantes. Tornou-se um detetive particular agressivo e, por vezes, até errático, mas sempre brilhante e justo.
Ícone da miscigenação, arquétipo da mentalidade e do cotidiano de São Paulo, forçado a navegar pelo submundo à procura de respostas, Barleta irá perceber que a cidade não passa de uma grande vila, vigiada pelos habitantes aos quais fomos treinados a evitar e ignorar: aqueles que se tornaram, para nós, tão somente uma parte incômoda nos cenários retratados através das janelas dos nossos carros.