Ensaio que pretende mudar a visão tradicional da poesia de Augusto dos Anjos, a partir da análise quase exaustiva de apenas um de seus poemas, o Monólogo de uma Sombra. A observação de umas aspas que se abrem no começo e só se fecham lá quase no fim do longo poema faz o autor pensar na possibilidade de haver muitas vozes encravadas no assim chamado poeta do “eu”, de modo que, em verdade, esse grande poeta seria muito mais um poeta cuja grandeza foi legar antes um problema que uma celebração para as novas gerações de poetas.