Samael Cruz há muito aprendera a blindar-se contra as decepções amorosas. Tampouco era suscetível às superstições ou coisas do gênero. Mas, quando começou a notar uma misteriosa nuvem brotando do chão, a ver folhagens de árvores se auto iluminando e a conversar com pessoas já mortas, imaginou estar sendo vítima de surtos esquizo-visuais. Ao mesmo tempo, como procurador de justiça no Brasil, realizando um projeto de pós-doutorado na França, começou a se interessar pela série de assassinatos ocorridos no Quartier Latin, bairro de Paris onde morava. Escrito no gênero do realismo fantástico, o presente romance ancora-se em um terreno específico da especulação filosófica. Especulação filosófica essa que coabita, em perfeita comunhão, com a realidade do subjetivo mundo interior da mente e provoca alguns questionamentos metafísico-existenciais