Ao organizar o caderno tivemos a preocupação de relacionar as atividades com as propostas das orientações curriculares, como dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998), da Base Nacional Curricular Comum (BNCC,2017) e do Currículo Paulista (2019). Esses documentos tem caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Segue a LDB (1996 com o número 9394/96) que estabelece que o sistema nacional de educação terá como um de seus fins “a formação de cidadãos capazes de compreender criticamente a realidade social”O caderno de Álgebra traz uma reflexão para nós professores sobre pensamento e linguagem algébrica. A relação entre pensamento e linguagem (palavras), para Vygotsky (1987, p.103), é um processo vivo: o pensamento nasce através das palavras. Uma palavra desprovida de pensamento é uma coisa morta, e um pensamento não expresso por palavras permanece uma sombra. A relação entre eles não é, no entanto, algo já formado e constante, surge ao longo do desenvolvimento e se modifica.Nessa perspectiva, algumas dimensões do trabalho com a álgebra estão presentes nos processos de ensino e de aprendizagem, desde os anos iniciais, como as ideias de regularidade, de generalização e de equivalência. Essas ideias são alicerces de outras dimensões do pensamento algébrico, com a resolução de problemas de estrutura algébrica e a noção intuitiva de função.O caderno de Álgebra trata dos temas: padrões e regularidades que começa pela organização e pela ordenação de elementos que tenham atributos comuns, articulando-os com a linguagem natural. Na relação com a linguagem geométrica explora os atributos dos objetos e na linguagem numérica o trabalho com sequencias em busca da generalização. A noção de equivalência, essencial para o desenvolvimento do pensamento algébrico, tem seu início com atividades simples, envolvendo a igualdade de sentenças, a determinação de um elemento desconhecido, incógnita ou variável, em uma igualdade e em atividades que podem ser exploradas por meio de perguntas. As noções intuitivas de função são exploradas desde o início a partir de tabelas, razões ou frações, já a partir do quinto ano, por meio da ideia de variação proporcional direta entre duas grandezas.