A questão do nexo da totalidade do conhecimento corresponde a um tema que pode ser vislumbrado no pensamento de Emmanuel Levinas e Michel Foucault. Embora representem diferentes posições em relação aos modos intersubjetivos de relacionamento, ambos mergulham na compreensão e questionamento da formação do conhecimento totalizador. Suas noções rompem com a razão instrumental do mundo ocidental. Em relação a isso, Levinas anuncia a distância em relação a esse pensamento, que compreende as relações humanas meramente como relações de interesse, proclamando, consequentemente, outra forma de compreender o being humano. Rompendo com um paradigma essencialista, ele o critica como um modo que cria categorias universais quase axiomáticas. O conhecimento que é atravessado por essa consideração da objetividade científica apresenta o outro como uma prateleira, como um ser à mão, como diria Heidegger, assimilável e redutível às categorias de pensamento.