Trata-se do drama de uma megacidade do futuro com cento e trinta e oito milhões de habitantes durante a da realização de uma nova obra de engenharia: A cúpula de Herpas. A história da superunificação de quarenta a cinco centros metropolitanos já existentes em uma única e portentosa megalópole bem como seus desastres e corrupções. Quatrocentos anos após a colonização humana do Sistema planetário da estrela de Barnard, e duzentos após a independência, assume no século vinte e sete o poder um jovem imperador, chamado Scarpos Tândarus. Este tem um audacioso projeto em seu reinado: realizar uma reforma de cidades próximas de si localizadas num vale, chamado de Gangraziano, criando uma região metropolitana única e moderna no planeta em que reside. As cidades então virariam distritos, todas forjando a nova urbe, com um único nome. Herpas. Essa tecnologia havia, mas não era própria do império e, portanto, tinha de ser importada. E Scarpos não tinha escrúpulos para entrar para fazer entrar seu sexto império para os livros de História. Todavia somente a Terra tinha o segredo: O Virta Trax e o Curvirta Trax, dois materiais miraculosos. Então um pernicioso negócio secreto foi realizado para se comprar a tecnologia necessária e para tanto, almas humanas seriam necessárias. Inglaterra e Brasil, juntas, eram um grande monopólio no século vinte e sete, sendo neste as duas nações hegemônicas e aliadas entre si dois antigos impérios aliados no passado e que finalmente conseguiram controlar toda a raça humana. O monopólio cederia uma tecnologia de engenharia civil secretamente para o novo imperador, Scarpos, em troca de vidas de súditos imperiais que seriam usadas para outra engenharia, a genética, com interesses desumanos - incluindo como não menos importante os melhores materiais genéticos sabidos adaptados ao meio ambiente: o de crianças. O imperador, diante do inesperado preço ascendente dos custos da construção, certo de que sua obra seria necessária e que o esquema de desaparecimento de pessoas nunca seria revelado, precisou fazer concessões perante várias aristocracias que o cercavam. Isto iniciou uma onda de corrupção que se retroalimentou e não pode mais ser contida. Não tardou para que o regime se tornasse tirânico e que seu grande segredo sobre a tecnologia e como ela fora paga através de vidas humanas tivesse o perigo de ser revelada. Esse risco criou o estopim para que o caos urbano se tornasse real, abreviando a democracia e terminando em grande repressão política e a crescente organização de grupos insurgentes. Mas o que o sequestro de uma criança de apenas quatro anos, filha de nobres imperiais influentes e separatistas, teria a ver com a tirania do próprio império para manipular a política e justificar os gastos e a exploração da população? E como impedir que isso continuasse a acontecer com outras vítimas em prol de um projeto de engenharia calcado em um esquema secreto de desaparecimento de pessoas? E que valor de mercado essas pessoas tinham para a construção da moderna cidade? E o mais importante: como essas pessoas vendidas eram usadas?Leia mais