Paixão, ciúmes, suspense, sexo virtual e relações intensas, tendo a IA como pano de fundo na sociedade, são os ingredientes desse romance futurista, que projeta, em um tempo que já bate à nossa porta, como poderá ser a convivência em uma era dominada pelo totalitarismo da tecnologia.Em 2034, Norah, uma jovem brasileira, solteira, de origem muçulmana, engenheira de algoritmo, cria uma entidade em realidade aumentada moldada na IA, que reproduz o homem que almeja para preencher sua solidão. Dá ao holograma o nome de Ali, formatado com as características muçulmanas de sua própria criação. Apaixona-se pelo ser virtual, que passa a incorporar características e sentimentos humanos, como ciúme, orgulho, arrogância, agressividade, amor, sexualidade, medo e raiva. A convivência entre os dois torna-se difícil, quase impossível, à medida que o robô evolui em inteligência e amor por ela. Como um autêntico homem islâmico, Ali quer controlar Norah, tê-la somente para si. Ela precisa desenvolver novos algoritmos para mudar essas características de sua IA, antes que ele a comande por completo. Precisa controlá-lo, sem, no entanto, destruir as qualidades do ser másculo e amoroso que gestou. O conflito entre a essência do ser humano e o domínio da tecnologia sobre ele está espelhado na relação de Norah e Ali. Um ou outro sairá dominante na história de ficção científica, que se passa entre os anos de 2034 e 2037.A narrativa projeta a sociedade na era da IA, após duas pandemias que dizimaram 1,5 bilhão de habitantes do planeta. Carros autônomos, táxis sob a forma de drones sem motorista, profissões extintas, dinheiro virtual, equilíbrio do meio ambiente, uso de energias alternativas, desemprego generalizado, relações virtuais e a solidão do ser humano sob o mundo da IA formam o panorama dessa era. O futuro em que se passa o romance está adequado às previsões da IA para os próximos 15 anos e perto o suficiente para estimular o interesse de leitores, que podem estar vivos a fim de testemunhá-las.No prefácio do livro, o neurocientista e especialista em Física Quântica Francisco Di Biase escreve:Leia mais