“O Que ficou em Mim?” Com certeza é uma dasperguntas cruciais que pairam na mente humana,particularmente de quem sofrera abandono, de quemperdera ante queridos, de quem acabou ser arrastadopor um vírus avassalador, quem esta navegando naprofunda dorAquele que se vê sem cor, o que se sente enganado einjustiçado pelo maldito destino.O fulano que fora rejeitado por uma grande mulher, ouque tenha tentado submeter vários corículos mas só lhefechavam a porta no seu rosto. Sim quem vai ao espelhoe reflete um rosto cansado, deprimido, ensanguentadopelas intempéries da vida.Alguém que depois de analisar a podridão que fora asua vida, teve vontade de jogar a toalha,Desejou interromper a viagem, decidiu parar de lutar,Porque não vê mais motivos para prosseguir, e osprimeiros poemas deste livro expõem tais sentimentosde quem por isso e mais um pouco passou. Alguém quea vida o esmagou, a pessoa que fora esmiuçada ate pelosamigos, que sentiu na pele e na alma o desprezo, a
injustiça, humilhações, sim alguém que também já foidado um “não”, que lhe fora negado oportunidade desorrir como os restantes neste mundo, um ser quequando mais precisou dum abraço ou atenção, achoupedras e rejeição. A dor desatinou com uma agoniajamais vista, e quando depois de duas tentativasfrustradas de jogar a toalha este cara viu um ser que nãose pode descrever que seja deste mundo, pois este jáhavia o julgado e condenado, sem direito a palavra edefesa, mas este que parece extraterrestre, quando seaproximou, não se importou qual fora seu passado,simplesmente olhou para seu terrível estado e estendeua mão, deu um sorriso que os deuses e meros humanosjamais deram a ele. Despertou novamente em suasentranhas algo chamado alegria, devolveu para o cara oque a muito já não se via, a paz, o cara voltou a sonhar,sonhou acordado, riu de novo. Se apaixonou,Hoje tornou a ver o arco – iris com cores mais viva, jáviu um pássaro verde, passa tempo nas nuvens…Recomendo que o caro leitor leia todo livro, cada texto,não corra para o fim, existem surpresas ao meio, sólendo descobrirás, já lhe adianto não é um livro somentede lamentações.
João Lino António Massinga