“Sim, existe uma cultura dos “coletes amarelos”… Quero dizer que esse movimento nascido do inevitável e (portanto) do imprevisível criou seus cânones culturais, apesar de tudo que se possa culpá-lo: o francês esgarçado, os erros de ortografia, a “violência”, a mistura de valores, etc. Ele pode ter ido além do movimento estudantil e, em seguida, da greve geral de maio-junho e 1968. Vou tentar mostrar isto neste livro, por meio de múltiplos desenhos, caricaturas, fotos, logotipos e slogans, etc. Adicionarei os esclarecimentos necessários sobre o contexto social em um clima recorrente de crise política… Esta pintura, que veste o retrato imperfeito e não exaustivo de uma insurreição, não almeja o enciclopedismo, mas apenas trazer justiça a um movimento que tentou quebrar as correntes da pobreza e derrubar, para além do governo autocrático macroniano, uma sociedade egoísta e cada vez mais ditatorial.