Penso que esta obra pode se configurar como um exemplo da resistência pleiteada. Primeiro, pelo próprio tema a que se propõe. Depois, por ser fruto de um esforço coletivo, compartilhando formas de pensar a diferença, de forma a agregar conhecimentos e propostas de reflexão em procedimentos contrários ao supramencionados. Em tempos difíceis, tanto no universo macro (já que a crise instituída pelo fenômeno da “pós-verdade” parece ser universal) quanto no micro (refletidos em todas as tentativas diretas, por parte de uma elite brasileira golpista, de desmanche da Universidade pública e gratuita, plural e autônoma), promover discussão sobre Direitos Humanos no campo jurídico e educacional é mais que premente, torna-se mais uma da funções políticas de docentes e pesquisadores. Ao tratar de Direitos Humanos não podemos admitir que estes se fundem nos preceitos de uma “pós-verdade”, pois tais direitos devem ter por escopo o humano em sua amplitude e esta compreende toda verdade, ainda que produzida socialmente por seu tempo e espaço.