O chimarrão é essa grande instituição simbólica do sul do continente que nada fala e tudo diz. É um lugar de imaginário e de memória que cria comunhão e identidade, sempre em trânsito: novas formas e enfeites de cuias e bombas; novos materiais, em que convivem lado a lado o mate ancestral em bomba tacuapí e as cuias de plástico; novos acessórios, que acrescentam um novo simbolismo e estética ao ato original. Com essa análise compreensiva da conjuntura das origens do chimarrão, queremos fortalecer a ideia de não separação de um texto de seu contexto (cenário) pois, na perspectiva da hermenêutica simbólica, é importante que esse contexto entre em jogo sobre a interpretação e a criação particular, em uma perspectiva diferente de olhar sobre esse fenômeno, tomando em conta também as preocupações sócio-histórico-culturais, portanto simbólicas, técnicas e imaginárias, no tempo e no espaço.