Martin Luther (1483 – 1546) é a figura central da Reforma Protestante. Embora ele seja visto principalmente como um teólogo, o interesse filosófico e o impacto de suas ideias também são significativos, de modo que ele indiscutivelmente merece ser classificado tão bem dentro da filosofia quanto outros teólogos na tradição cristã, como Agostinho ou Aquino. No entanto, no caso de Luther, isso pode parecer mais problemático, já que sua atitude com a filosofia e, de fato, a razão pode ser hostil e desrespeitosa. Em uma inspeção mais minuciosa, no entanto, é claro que sua posição é mais matizada do que isso, e requer contextualização: pois sua objeção é apenas a razão colocada em certos fins teológicos, enquanto seu próprio pensamento está profundamente mergulhado na tradição filosófica, e contribuiu para isso. Ao mesmo tempo, as ideias de Luther tiveram uma influência fundamental sobre os filósofos do norte da Europa que vieram atrás dele, como Leibniz, Kant, Hegel, Schelling, Kierkegaard, Nietzsche, Feuerbach e Heidegger, todos os quais trabalharam dentro de um contexto amplamente luterano, e no contexto das suposições luteranas centrais, muitas vezes inculcadas neles através de sua educação e educação.