Francisco Balkanyi nasceu no Uruguai em 1928. Seus pais, húngaros, atendendo aos pedidos da família, decidem voltar para seu país. Assim, com menos de dois anos de idade, Francisco chega a Cakovec (hoje território da Croácia). Se ao menos pudessem imaginar o que os esperava…Em maio de 1944 Francisco e seus pais são levados para Auschwitz no primeiro trem de judeus húngaros. Aos quinze anos, Francisco passa a viver todo o drama de um Campo de Concentração. Com jornadas de trabalho extenuantes, praticamente sem alimentação, água e roupas para o inverno rigoroso e sem as mínimas condições de higiene e cuidados de saúde, só restam incertezas e medo.Prisioneiro, tem contato com a brutalidade e a insanidade, o que faz dele, após ser libertado pelos norte-americanos no fim da guerra, um homem determinado, apesar do trauma e da revolta. Retorna ao Uruguai para refazer a vida e finalmente se muda para São Paulo em 1971. O número 186650, tatuado no antebraço esquerdo e quase apagado pelo tempo, ainda é um sinal de sua vitória.Neste livro, Francisco Balkanyi e Maura Palumbo relatam as dolorosas situações que ele vivenciou no maior Campo de extermínio humano e que devem ser um alerta para que as futuras gerações não se deixem levar por doutrinas que conduzam ao fanatismo.
Cada capítulo traz um provérbio judaico.