Conhecer as origens antropológicas, psicológicas e filosóficas da mentira, saber como ela está presente na política, na propaganda, nos estudos éticos e morais e saber que, mentimos mesmo para nós, é sempre útil nestes tempos em que tanto se fala em fakenews. Preocupou-me a pouca literatura nacional acerca do tema. Talvez não nos preocupemos tanto com a mentira, nestas terras, por achá-la tão comum, a ponto de não merecer nossa pesquisa. Entretanto, não podemos perder de vista que, uma sociedade onde a mentira seja comum, nem a verdade passa ser objeto de crédito. Neste momento em que o tema “fakenews” ocupa páginas e páginas de jornais impressos e milhões de postagens em redes sociais, talvez seja interessante nos preocuparmos em examinar as razões que nos levam a mentir, quiçá para descobrir o valor insuperável e libertador da verdade.