Você já reparou nas muitas mudanças que a cultura vem passando na era digital, principalmente por causa da internet? Fazer, divulgar, distribuir e consumir livros, filmes e músicas hoje é muito diferente que há pouco tempo.
O digital ao mesmo em que deu voz a todas as pessoas com a acesso a um computador também concentrou poder nas mãos de algumas poucas empresas. Parte da indústria cultural estabelecida durante o século XX está sofrendo para sobreviver aos novos tempos.
Entretanto, um batalhão de outras empresas estão logo atrás na fila para ocupar rapidamente qualquer brecha aberta.
A tecnologia faz parte da cultura humana: é formada por ferramentas que auxiliam e facilitam nas inúmeras atividades dos homens. No século XXI, as tecnologias digitais têm sido utilizadas para compartilhar conteúdo cultural, como músicas, livros e filmes.
Se, por um lado a indústria perde – já que classifica diversas ações como pirataria -, por outro, inúmeros internautas ganham acesso a diferentes produtos sem precisar pagar nada por isso.
Outra consequência é que os usuários têm a chance de produzir cultura e colocá-la diretamente na web para ser acessada por qualquer pessoa – o que abre margem para que novos artistas apareçam sem depender da seleção prévia feita pela indústria.
Essa nova realidade é polêmica porque, ao mesmo tempo em que o grande público pode ter um acesso praticamente irrestrito aos bens culturais, as tradicionais empresas da área perdem dinheiro.
E pela legislação de direitos autorais, todos os internautas que baixam conteúdo são criminosos.
Entretanto, invenções e modelos de negócio, hoje tão bem adaptados à sociedade, também nasceram de forma ilegal – muitos dos que criminalizam a troca de arquivos foram originados à margem do sistema.
A cultura na era digital – Quando o poder muda de mãos apresenta uma grande reportagem sobre esse cenário dando voz a artistas, corporações e pesquisadores da área.
Sem delimitar uma saída única para os novos desafios impostos às empresas e aos consumidores, os autores contextualizam e analisam essas mudanças – que, acreditam, vieram para ficar.