Em consequência, pergunta-se: é justo ser proclamada a “lei da mordaça”, quando tudo o que hostiliza o poder de investigar do MP, de modo geral, significa atentado aos mais legítimos interesses do cidadão, notadamente nos casos que envolvem desvio do patrimônio público?O presente livro focalizará essa problemática e outras questões; faz interconexão conceitual entre o Direito, a Justiça e a Moral; finalmente apresenta ideias ou soluções, tudo de maneira isenta — com objetivo de preservar as conquistas do Ministério Público, a fim de fortalecer a democracia nacional.Diz a prudência que, mesmo em tempos normais, é recomendável a hipocrisia como norma de conduta. Isso ocorre porque, segundo Kalil Gilbran lecionou, “Se falássemos a verdade durante cinco minutos, perderíamos nossos amigos; durante dez minutos, seríamos banidos; durante quinze minutos, seríamos enforcados”. Com efeito, a franqueza pode ser um fardo muito pesado para se conduzir na vida. Abordando temática política de grave repercussão, o autor deste livro sabe que corre o risco de ser mal compreendido por quem deseja manter-se alojado em certos privilégios do poder.Este livro retrata, principalmente, um momento histórico pelo qual passou o Ministério Público Brasileiro, vivenciado pelo autor como lembro da Confederação Nacional dos Membros do Ministério Público – CONAMP; e como presidente da Associação Cearense do Ministério Público – ACMP.Portanto, trata-se de uma fonte histórica da Instituição, permanecendo atuais variados temas jurídicos, políticos e sociológicos.Não tem vinculação com quaisquer sistemas politico-jurídicos, partidos políticos nem ideologias e nem ideológicos. Não defende interesses de governantes, mas da Instituição do Ministério Público no contexto do Estado Democrático de Direito.