Yvytu Yma nasceu na escuta sensível da natureza, na imersão nos caminhos dos ventos, e na descoberta da singular arte ancestral dos sopros cantantes em flautas étnicas. No decorrer dos capítulos, relato momentos significativos dessa jornada: visões, canções, encontros, celebrações, sopros, reflexões e interações. Desde a publicação de Mitakuye Oyassin – A Tessistura da Beleza nas Canções do Vento, em 2013 a minha jornada nas sendas dos ventos cantantes foi se ampliando e alcançando novas dimensões ao interagir com pessoas, grupos e com a natureza. O título atual Yvytu Yma trás de volta os capítulos que registraram a jornada do início, mas expande os horizontes em consonância com os novos chamados e descobertas que foram emergindo na rica dinâmica das relações no belo e iluminado ecossistema dos ventos cantantes. O Yvytu Yma do mito Guarani, sendo sopro mágico criador, palavras criadoras, essência espiritual da criação, a semente do eterno em cada ser compõe um importante eixo estruturante para as práticas ancestrais relacionadas aos sopros cantantes em flautas étnicas, legado valioso das culturas autóctones. Para apoiar a realização das atividades de formação e desenvolvimento, mentorias, vivências, workshops e treinamentos sistematizei a prática de sopros cantantes nas flautas étnicas e a denominei: Yvytu Yma – A fonte dos ventos cantantes. As frequências singulares dos sopros junto com as subjetividades que carregam, ao produzirem ressonâncias nos praticantes, contribuem para estimular e acelerar processos de ativação da conexão interna e externa, processos de autodesenvolvimento e autorrealização. Promove a integração plena do ser. Este livro é um mapa do início da minha caminhada, da descoberta deste caminho que trilhei. Trago-o à luz com a intenção de inspirar, de revelar minhas descobertas, de partilhar saberes ancestrais esquecidos. É meu desejo que o conteúdo partilhado estimule o crescimento espiritual, toque nos corações, acessem os recônditos das almas, ganhem nova vida e se renovem a cada sopro cantante, a cada canção, a cada poética germinada nas consciências.