Este artigo reavalia o lugar de Hobbes na história da ética com base na primeira análise sistemática de suas várias classificações de bondade formal. O bem era tradicionalmente dividido em três: rentável bom, prazerosamente bom, e moralmente bom(bonum honestum). Através de suas obras, Hobbes substituiu o último por pulchrum— uma forma decididamente não moral de bondade por sua conta. Eu argumento que a demissão de Hobbes da bondade moral foi informada por sua concepção hedonista do bem e acompanhada de reinterpretações da razão certa e do direito natural. Ao dispensar a bondade moral e insistir na natureza hedonista e relacional do bem, Hobbes, além disso, reformulava e tornava mais urgente a questão de por que deveríamos ser morais. Hobbes é comumente pensado ter levantado esta questão tão fortemente por causa de sua insensibilidade geral às exigências da justiça. Minha análise sugere que também pode, ou melhor, ter sido devido à sua concepção restritiva do bem. Uma comparação com outros filósofos morais do período — incluindo Suárez, Gassendi, Locke e Pufendorf — indica o quão incomum foi a expulsão da bondade moral de Hobbes.