Adam Smith é frequentemente identificado como o pai do capitalismo moderno. Embora precisa até certo ponto, esta descrição é excessivamente simplista e perigosamente enganosa. Por um lado, é verdade que pouquíssimos livros individuais tiveram tanto impacto quanto seu Inquérito sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações. Suas contas sobre a divisão do trabalho e do livre comércio, o interesse próprio no câmbio, os limites da intervenção governamental, do preço e da estrutura geral do mercado, tudo significa o momento em que a economia passa para o “moderno”. Por outro lado, A Riqueza das Nações, como é mais frequentemente chamada, não é um livro sobre economia. Seu tema é “economia política”, uma mistura muito mais expansiva de filosofia, ciência política, história, economia, antropologia e sociologia. O papel do livre mercado e das estruturas laissez-faire que o sustentam são apenas dois componentes de uma teoria maior da interação humana e da história social.