Em 2019, o Prêmio Nobel de Economia foi concedido aos pesquisadores Esther Duflo, Abhijit Banerjee e Michael Kremer, por seus estudos de combate à pobreza. O trio utilizou o método mais rigoroso para mensurar o impacto de políticas públicas: a avaliação experimental. Nela, dois grupos são divididos aleatoriamente, de modo que a única diferença observável entre eles seja a participação ou não em determinado programa.Desde 2008, é também assim que o Instituto Unibanco avalia seu principal programa, o Jovem de Futuro. Métodos menos precisos, como a simples comparação de resultados antes e depois, poderiam até gerar resultados mais vistosos para a opinião pública, mas seriam ilusórios, pois não indicariam o real efeito do programa nas escolas públicas de ensino médio por ele beneficiadas. A utilização do que há de mais rigoroso no campo da avaliação só foi possível graças à relação de confiança construída com Estados parceiros.Este livro conta a história de como foram feitas essas avaliações, e de seus resultados. Eles mostram que, mesmo atuando em larga escala e em Estados com realidades bastante distintas, o Jovem de Futuro teve impactos positivos no aprendizado e na aprovação de jovens de ensino médio, com redução de desigualdades.