Além de estimular a reflexão quanto ao feminino e ao masculino em sua contínua busca de equilíbrio, o livro propõe um olhar crítico com relação às doenças contemporâneas – ovário policístico, mioma, endometriose, histerectomia, amenorreia, dismenorreia, metrorragia –, consequências inevitáveis dos alterados padrões femininos e masculinos assumidos pela sociedade atual. Dada a atual falta de espaço e tempo, o corpo de muitas mulheres grita por meio de sintomas, como as dores físicas, o que a leva a um repouso forçado. Muitas de nós não ouvimos os chamados do corpo, e simplesmente nos calamos diante dos sintomas. Retiramos cirurgicamente um órgão com a intenção de remover nossas dores e, assim, poder voltar ao ritmo frenético da vida. Mas isso não resolve nada – o sintoma continua ecoando seu grito interno, cada vez mais alto e mais forte – e tudo isso apenas para que olhemos para nós mesmas. A mulher é um mundo integral e abundante, portadora de vida e morte em um único corpo, cíclico e rítmico, em plena integração com a natureza.