Em homenagem ao barreirinhense Thiago de Mello, o autor percorre em seus 14 poemas todos os itinerários telúricos de nossa América. Dos rios que se formam da Cordilheira dos Andes às veredas do sertão São Franciscano; do povo andino ribeirinho às moças esquecidas nas esquinas no coração do país; dos peixes que desafiam a correnteza às rasgas mortalhas e seus assombrosos presságios. Lugares onde cantar é possível em toda magreza que careça de um abraço. Não é a poetização de nada. Ao contrário, é basicamente o desencantar das coisas pelo artifício proustiano da memória. Novos tipos, histórias familiares, trilhadas, lembradas, ausente de metáforas. Menino no Capinzal é um registro do tempo pelos aromas, pelos sons e pelas paisagens ocultas no mistério ainda indecifrável que outro poeta cantou.É quando a máquina do mundo não existia. Este livro? Uma rês desgarrada.