Este livro se concentra em torno de uma série de teses simples, porém provocativas: que o modo como lidamos com a injustiça histórica e a ética da história é fortemente dependente do modo concebemos o tempo histórico; que os conceitos de tempo tradicionalmente usados por historiadores são estruturalmente mais compatíveis com o ponto de vista dos perpetradores do que com o ponto de vista das vítimas; e que romper com tal viés estrutural requer repensar fundamentalmente as noções modernas dominantes de história e tempo histórico.