Aprendera bastante observando as pessoas. Achava que não era privilégio seu agir assim. Ele era um observador em tempo integral, não para se defender, mas para entender o que se pode esperar das pessoas, suas reações, do que são capazes e acima de tudo, a capacidade ou incapacidade de fazer o mal ou praticar o bem. Nunca conseguira formar juízo crítico confiável do que esperar do ser humano e daquilo que não havia esperança de conseguir. Um fato para ele se cristalizara: nunca esperar de uma pessoa além do que ela tem para oferecer. Não podia dar asas à imaginação. Biografia era o relato da vida de alguém, o que o abrigava a ater-se aos fatos e esquecer a fantasia.