Esta é a versão para Kindle da dissertação de mestrado em Relações Internacionais de Rafael Bittencourt, pela PUC Minas, defendida em 2017. Resumo: As perspectivas pós-coloniais e decoloniais têm discutido como os países colonizados podem superar seu passado colonial redescobrindo conhecimentos ancestrais. Mesmo se esses valores sofreram distorção ao misturar características ocidentais e locais, a importância de buscar alternativas aos modelos de desenvolvimento eurocêntricos torna-se mais relevante quando consideramos que o capitalismo está atingindo vários limites, como crises ambientais e financeiras. Podemos observar que alguns países tentaram criar modelos de desenvolvimento baseados em ancestralidades, como Sumak Kawsay no Equador, Suma Qamaña na Bolívia, Ujamaa na Tanzânia durante a presidência de Julius Nyerere e como com o índice de Felicidade Bruta no Butão. Assim, nosso objetivo é analisar comparativamente esses casos, considerando a construção das ideias, as principais políticas de execução desses modelos e as formas de busca de alternativas de mensuração e avaliação dos resultados. Esta pesquisa é constituída em quatro etapas, sendo as duas primeiras uma construção teórica através de lentes pós-coloniais das possibilidades de superação da modernização ocidentalizadora e da compreensão do Sistema Mundo. Os dois últimos são dedicados a comparar os casos selecionados, identificando particularidades e propostas comuns, apesar de suas diferenças. Espera-se colaborar na discussão das possibilidades e limites dessas experiências decoloniais.