A Essência do Cristianismo (em alemão: Das Wesen des Christentums) é um livro escrito por Ludwig Feuerbach e publicado pela primeira vez em 1841. Ele explica a filosofia de Feuerbach e a crítica da religião. A teoria feuerbachiana da alienação seria usada mais tarde por Karl Marx. Na elaboração deste projeto, não só se leva a cabo uma crítica das categorias da racionalidade metafísica e teológica, como introduz novos princípios, como a sensibilidade, a corporeidade e o dialogismo, que virão a tornar-se centrais em múltiplas correntes do pensamento contemporâneo. É já o esforço de compreensão das estruturas da natureza humana que se surpreende na interpretação de fenômeno da religião desenvolvida ao longo de Essência do Cristianismo, de 1841. Nesta obra não se encontra tanto a mera oposição entre fé e razão ou a apologia do ateísmo, quanto uma análise psicológica dos mecanismos da criação do divino, da qual decorre uma original leitura do significado da transcendência como expressão e compensação imaginária de desejos humanos. O livro revela que o verdadeiro sentido da teologia é a antropologia e que não há diferença entre o sujeito ou a essência humana e a divina e que a diferença que se estabelece entre os predicados teológicos e os antropológicos não tem razão de ser. E diz mais: a religião é uma revelação solene das preciosidades ocultas do homem, a confissão dos seus mais íntimos pensamentos, a manifestação pública dos seus segredos de amor . O livro é muitas vezes considerado um clássico do humanismo e o magnum opus do seu autor. Na época, Feuerbach foi considerado um vanguardista da escola dos jovens hegelianos de filosofia.