Ser Bióloga transforma minha vida em uma grande aventura, e vir para o Brasil como pesquisadora é algo tão inusitado, que se não fosse por tanta insistência de minha amiga Joanne, eu não estaria aqui. Sabe-se que o maior borboletário de toda a América do Sul, está aqui em Porto Seguro – Bahia Brasil. Estamos juntos nesta pesquisa, mas meu coração apertado me acusa de não estar totalmente envolvida neste projeto. Aquela borboleta azul de bolas amarelas e vermelhas, que se encontra em meu livro de pesquisa, me chama. Ela me diz que por aqui poderei estudá-la e os efeitos terapêuticos de uma substancia encontrada em suas asas. Minha amiga Joanne é médica, também pesquisadora e Flavio nosso amigo também faz parte da equipe, um neurologista em ascensão. Dois entre três artigos publicados em Londres são dele, acreditamos estar completos como equipe, porém a colaboração das pessoas do local será de grande valor. Estar em Porto Seguro em outras ocasiões poderia ser bem divertido, mas nosso objetivo maior é evoluir com as pesquisas da Borboleta Marina. Nome que foi dado para que assim não precisássemos soletrar um belo xingamento latino toda vez que precisássemos nos referir a nossa tão célebre borboleta.Quando meu algoz avião, o tal que me levava para longe de meu lar pousou nas terras “tupiniquins”, descubro que na verdade estas terras não são tupiniquins, são terras pataxós, mas penso: Grande diferença isso faz, ou irá fazer em minha vida! Ao descer percebo o quanto o aeroporto é pequeno e mal estruturado, isso não é surpresa para mim, desde que eu consiga um lugar para tomar um banho quente, um café e uma cama para repousar, está tudo bem.