Por que a ficção científica contemporânea encontra-se dominada por narrativas e representações distópicas? Teria o pessimismo e o medo do futuro triunfado sobre as utopias? Acaso a consciência histórica moderna estaria sucumbindo diante da emergência de uma nova consciência histórica, mais cética e pós-moderna? As tensões na temporalidade e a ampliação de regime de historicidade presentista seriam capazes de promover um fechamento do futuro?Parece sintomático que, cada vez mais, o cinema, as histórias em quadrinhos, os desenhos animados e os games são absorvidos por uma imaginação distópica que projeta para o amanhã cenários ameaçadores. O que esses indícios dizem sobre nós e sobre os tempos em que vivemos?Estas são algumas das questões levantadas pelos estudos que foram aqui reunidos no sentido de identificar e analisar os itinerários por meio dos quais a distopia se tem se apresentado como um eixo fundamental, articulando relações profundas entre as narrativas ficcionais, a temporalidade e a Teoria da História.