A presente pesquisa, parte de uma dissertação de mestrado defendida na Universidade Metodista de São Paulo, apresenta a trajetória das origens e desenvolvimento do ministério feminino evangélico no Brasil. A primeira Sociedade de Senhoras foi estabelecida em onze de julho de 1871, numa iniciativa audaciosa da missionária inglesa Sarah Poulton Kalley, que rompeu com os rígidos padrões de comportamento da sociedade brasileira. O preconceito frente ao ministério feminino também estava presente no próprio local em que se estabeleceu, na Igreja Evangélica Fluminense e em suas congregações. A estratégia das mulheres foi trabalhar em silêncio, sem fazer alarde de suas atividades. Em 1942, após 70 anos de existência destas Sociedades de Senhoras surgiram as primeiras Federações Femininas, iniciando interessante rede de conexão entre as mulheres cristãs congregacionais de todo país. Neste ambiente de mudanças, surgiu Donina Andrade, líder atuante do movimento de mocidade que foi eleita presidente da Federação Feminina do Nordeste. Na década de 1950 coube a Donina Andrade, primeira presidente da Confederação das Uniões Auxiliadoras Femininas organizar o ministério feminino nacional. Fundou a Revista Vida Cristã, órgão oficial desta Confederação, e, através de seus editoriais, formou uma rede nacional, através da qual orientava, exortava, incentivava e premiava o trabalho destas senhoras. Seu legado, pouco conhecido pelas gerações atuais permanece ainda hoje. Esta pesquisa resgata parte da memória destes eventos e de uma das mais importantes líderes de ministérios femininos brasileiros do século XX.